Porque surge o LEGO no desenvolvimento de competências?
- jpp
- 17 de jun. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 1 de jul. de 2018

Com a cada vez maior importância do desenvolvimento de competências pessoais na dinâmica das organizações e do papel social de cada um, as metodologias para construção sustentada de capacidades de resposta, tem assumido um papel primordial.
O desenvolvimento tradicional da atividade formativa, tem apresentado uma eficiência, em muitos casos, de parca consequência na otimização de pessoas e processos. Deste modo, e porque efetivamente a participação em atividades formativas é um momento de (re)construção, o apelo a significar em formas o processo de desenvolvimento de cada um, na busca de um significado, bem como transportar o pensamento para uma atividade que historicamente nos levou a construir o nosso mundo interno, parece ser, pelos resultados já obtidos, um meio sustentável onde cada um se possa (re)pensar, e onde cada equipa e organização tenha, traduzido em objetos metafóricos, acesso à sua história.
A metodologia surgiu em 1996, quando dois professores Johan Roos e Bart Victor, procuravam alternativas para executar Planeamento Estratégico. Trabalhavam ambos com o presidente da LEGO® Company, Kjeld Kirk Kristiansen, que necessitava de um novo processo estratégico para a sua empresa e que convidou ambos para desenvolvê-lo.
Robert Rasmussen, da LEGO®, e outro professor, David Owens, também foram convidados para se juntar a equipa que acabou por conduzir à criação do produto LEGO Serious Play®, que tendo por base os "tijolos", as minifiguras, e outros elementos constituintes do LEGO®, são escolhidos, em cada um dos produtos, de forma especifica.
Johan Roos contribuiu com o desenvolvimento do cenário estratégico, Bart Victor com o do comportamento organizacional, Robert Rasmussen com o das teorias de desenvolvimento e de aprendizado, e David Owenscom o dos produtos. Juntos desenvolveram a metodologia que hoje é aplicada em todo o mundo.
Apresentando como objetivos primordiais, (1) Desenvolver competências, conhecimentos e habilidades de pensamento, comunicação, pensamento estratégico e de solução de problemas dos participantes; e (2) Desenvolver a capacidade dos participantes de gerir um desafio ou objetivo, partilha de conhecimento e de tomada de decisão, reune em si os processos basilares das dinâmicas pessoais e organizacionais.
A estratégia é algo que se vive, não algo que fique guardado num documento, daí que com a construção de modelos 3D podemos desenvolver de forma disruptiva todas as capacidades dos participantes, algumas até esquecidas enquanto adultos, e que são uma verdadeira surpresa na aprendizagem e desenvolvimento, enquanto pessoas e equipas.
São estes os desafios, e que coadjuvados pelo regresso ao futuro de cada um dos participantes, bem como pela dinâmica participativa, onde cada um se (re)constrói, tornam esta metodologia como algo profundamente adaptável a qualquer pessoa ou contexto.
Atreva-se a experimentar e vivenciar.
João Paulo Pereira
Comments