Velhas Soft São as novas Hard, Então quais são as novas soft?
- jpp
- 18 de jan. de 2019
- 3 min de leitura

Ainda gastamos muito do nosso tempo na organização do trabalho e potencialização de capital humano, a olhar para o que se convencionou chamar de Soft Skills, no entanto, e o que cada vez mais assistimos, é a uma concreta realidade onde essas antigas soft skills são já hoje consideradas com hard skills.
Já não passa pela cabeça de ninguém o ter de trabalhar competências de gestão de tempo, é mais que evidente, e ao longo dos tempos tal fato tem-se vindo a assentar, que a organização das atividades de forma a que individualmente sejam exequíveis, é um dado mais que adquirido.
Falamos ainda muito de atitude positiva, mas o que acontece realmente é que o fazemos por uma obrigação formal de empurrar pessoas para aquilo que elas consideram ainda um abismo, que mesmo sem o ser, e já não ser algo que se deva aprender posteriormente, gera medo e incerteza, outras das grandes caraterísticas das velhas soft e novas hard.
Confiança e trabalhar sobre pressão, são mais duas caraterísticas integradas nas velhas soft skills e que agora já são, ou devem ser hard, até porque todo o meio em nos movemos nos exigem constantemente que consigamos gerir de forma eficiente estas competências, usando estratégias pragmáticas direcionadas para o aumento da nossa inteligência emocional.
A resolução de problemas, skills de comunicação, ética e empatia, são outras tantas caraterísticas que passaram do novo a velho, já devem ser e estar inerentes a todos/as os/as que se dedicam a uma qualquer atividade. Não se consegue imaginar qualquer atuação sem que estes princípios estejam já na base da organização do comportamento.
Por ultimo, mas não em ultimo, aquela coisa magnânima de trabalho em equipa, realidade tão elementar quanto a necessidade da forma diferente de olhar para a(s) situação(õeste) para realmente as compreender.
Mas se estas velhas soft são as novas hard, e se realmente se verifica, baseado nelas, muitas das circunstâncias fundamentais de desenvolvimento de situações complexas, a questão que surge é desde logo o porquê, o que está a falhar......
É bastante fácil encontrar desde logo um primeiro responsável, a preparação académica global que se não faz com as pessoas para que elas consigam criar condições pessoais para trabalhar, elas realmente não sabem o que isso é, nem tão pouco sair do comodismo teoricista, sendo que a responsabilidade é e será sempre de quem dinamiza o ensino e se marimbou, por exemplo, para aquilo que é Bolonha.
Posteriormente olhamos para as mais de duas velocidades com que andam as organizações. Querem feito, querem entregar, exigem, algumas até investem no desenvolvimento das suas pessoas, mas falham na criação de condições para que este investimento possa criar efeitos. Urge assim repensar a gestão, o que é ser CEO, CFO, Diretor disto e daquilo, e realmente serem os primeiros a em si transformarem as velhas soft em novas hard.
Talvez uma ultima velocidade, aquela que está inerente às pessoas e à sua teimosia em andarem à velocidade que os outros querem sem pensarem na sua própria capacidade de adaptação, na sua velocidade. Todos temos de provar algo alguém, e principalmente a nós mesmo, mas o que vamos podendo observar, e com consequências profundas no desgaste, no sentimento de sobrecarga, na falta de sentimento de justiça, no aumento dos níveis de cinismo e diminuição do engagement, commitment e involvement, é que teimamos em andar à velocidade que achamos que esperam de nós, que jamais será a nossa, mas que esquecemos não ser, e depois ..... bem, depois já sabem aquelas estatísticas de utilizadores de psicofarmacos, de diagnóstico de doenças do foro emocional e das suas consequências fisiológicas.
Não, não vou dar resposta a quais são as novas soft, vou aguardar que as pensem de vós para vós e não condicionar.
Depois falamos
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