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E quando a vida está “cheia de mim”?

  • Foto do escritor: JPP
    JPP
  • 1 de ago. de 2018
  • 1 min de leitura

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Não, não se trata de uma questão de egocentrismo só porque sim, mas sim de uma focalização no próprio quando a ruminação dos pensamentos se centram em cada um de nós criando a impossibilidade de pensarmos em frente e estarmos focalizados no passado e nas suas consequências.


Alguns podem chamar-lhe depressão, outros vão encarar este sentimento dando-lhe outro(s) nome(s), mas o que é certo é que quando a "vida está cheia de mim", o espaço para os outros e para todas as outras coisas ou contextos, não existe, e em cada passo que damos na tentativa de nos compreendermos, somos empurrados a voltar a nos encontrar-mos e no local onde continuamos, independentemente de em nós estarem os outros, a ocupar a esmagadora maioria do espaço.


Estar "cheio de mim", é de certeza a forma mais rudimentar de manifestação de uma incapacidade, mesmo que temporária, de estar para e com outros, viver fantasmas, e muito diferente daquela necessidade quase orgânica de saber estar só, aliás, é o seu oposto.


Muitos "cheios de mim", vivenciam a ilusão de com estratégias diversificadas, se tentarem enganar mostrando estar para os outros, no entanto, a mais evidente destas estratégias, e o de "mim" dar conselhos aos outros, haver uma sustentação sequencial em citações que nos mostrando pelo seu oposto, nos traduzem muito daquilo com que lutamos.


Estar "cheio de mim" é estar numa quase impossibilidade de somente estar.



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