O mundo num "Like"
- JPP
- 27 de jan. de 2018
- 2 min de leitura

Com o advento das redes sociais, olhando para aquilo que é a forma como elas têm vindo a exercer um imenso poder na maneira como as pessoas se (não) relacionam e observando os impactos que cada publicação ou tão somente partilha pode ter, são imensas as coisas que nos saltam à vista.
É verdade que cada um/a publica o que quer, mas não é menos verdade que cada publicação ou partilha tem um impacto imaginário em quem lê e o que mais frequentemente acontece é o leitor começar a pensar num sistema algo preocupante e que se centra na ideia "seu eu fosse a pessoa que publica e ela fosse como eu penso que ela é, o que quereria eu dizer com esta publicação ou partilha?"
Se é verdade que é natural este pensamento, tambem é verdade que ele é tão erróneo como qualquer outro que parte do pressuposto que é feito baseado num pré-conceito que alguém tem sobre o alguém que escreveu.
Já assistimos a aproximação de pessoas, ao afastamento de gentes, à destruição de relações, à construção de bonitas histórias, mas não deixa tambem de ser verdade que independentemente de tudo isto, quem escreve e vai controlando as partilhas do que escreveu, os "likes" que vai recebendo e os comentários, são uma massagem ao Ego, sendo-o ainda mais evidente se o que partilhou é realmente o que sente ou transmite um estado de alma.
Uma das questões centrais é a da interpretação da ausência de comentários ou "likes". Eles não são jamais a ausência de respostas, mas outros tipos de resposta.
Como lidamos com o impacto das nossas publicações?
Publicamos-nos ou publicamos uma imagem de nós para ter impacto sobre os outros?
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