O paradoxo do guarda chuva
- JPP
- 25 de fev. de 2018
- 1 min de leitura

Muitas vezes penso que a vida é um paradoxo igual àquele que inúmeras vezes pronunciamos sobre o guarda chuva.
Afinal, tal utensílio, guarda a chuva ou guarda-nos da chuva?
Afinal, tal utensílio, protege-nos realmente da chuva, ou só nos cria a sensação de o fazer?
Afinal, tal utensilio, será algo mais do que mais um elemento sobre o qual desenvolvemos uma ideia de que faz o que não faz, porque realmente só nos protege, eventualmente, da chuva que cai na vertical, mas jamais da chuva em geral?
Afinal, tal utensilio, não será em si a representação daquilo que fazemos da vida, onde criamos um conjunto de ilusões, centramos-nos nelas e cegamos em todo o resto, esquecendo que é fantástico andar à chuva e molharmos-nos?
Afinal, não seria bem mais correto assumirmos que a vida nos molha, desenvolvemos os nossos "protetores" da chuva, onde lhe colocamos os nossos sonhos, os nossos sois, mas que não existem fundamentalismos?
Do paradoxo do guarda chuva, o paradoxo da vida, e que não gosta de se molhar?
Quem já não desejou infinitamente molhar-se e por algum motivo não o fez e ficou sempre na duvida de como teria sido bom?
Molhe-se?
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