Porque somos (in)felizes
- JPP
- 26 de jan. de 2018
- 1 min de leitura

Pois é, andamos num mundo de muitos fundamentalismos e ideias pré-concebidas. Aceitamos, quase de forma acritica, muitas das coisas que nos apresentam como sendo "receitas" para a forma como devemos viver a nossa vida e frequentemente damos por nós a não conseguirmos vivermo-nos-nos plenamente porque não somos capazes de seguir as orientações, como se a vida pudesse ter GPS.
Sobre a felicidade, um dos tais constructos que tem assumido este papel de fundamentalismo e dado origem a imensas receitas para o "como ser...", a minha primeira questão é - O que seria de nós e da nossa felicidade se não tivéssemos momentos menos bons, i.e. momentos infelizes?
Ao que se pode observar, muitos dos nossos momentos de felicidade são-no exatamente na confrontação dos que lhe são opostos e vivem da capacidade que temos de comparar os mementos. Sim, estou a dizer que porque e para sermos como somos, precisamos tambem de ser infelizes, o que eventualmente não precisamos é de pensar a infelicidade como algo permanente e a felicidade como uma situação mais ténue.
São realmente os confrontos, o equilíbrio das situações, a nossa capacidade de vivenciar cada momento e dele retirar os ensinamentos que ele nos proporciona, que nos faz e constitui a nossa essência. Nestes cabe tambem a infelicidade e a competência que temos de a viver.
Sem fundamentalismos, entenda-se e veja-se como alguém que é uma versão única e por isso mesmo não adequado a receitas, até porque não seguir receitas e conseguir o resultado é o maior dos indicadores de inteligência e de excepcionalidade.
Comments