Será o mais importante?
- JPP
- 7 de jul. de 2018
- 2 min de leitura

Partindo do pressuposto que é relevante dizer Não, seja a nós mesmo, seja aos outros, a minha questão central é sobre o seu verdadeiro impacto.
Dizer Não, provoca uma de duas reações (1) aceitação e consequente comportamento de se ficar subalternizado ao outro e (2) falsa aceitação e atenção focalizada para a primeira possibilidade de, às escondidas, fazer aquilo qo qual alguém disse NÃO.
Mesmo sabendo que o NÃO é um dos primeiro organizadores da vida humana, e que tem extrema pertinência no processo de integração social, ele é um limitador ao conhecimento, uma barreira à comunicação e ao conhecimento. Tal como ele, tambem o MAS gera as mesmas consequências, a do sentimento das ideias de alguém estarem a ser desvalorizadas face à de outros.
Na relação e no conhecimento mutuo, àpriori não se pretende impor, o objetivo é criar condições para que todos possam sentir-se num plano de igualdade e num espaço onde tambem eles, independentemente de as suas ideias serem mais ou menos concordantes com as dos outros, são livres de se exprimirem.
No contexto social, um NÃO, mesmo que difícil de dizer, um simples movimento de discordância, tão fácil de fazer e de estar em dissonância com o movimento verbal, são facilmente substituíveis por um PORQUÊ, bem mais complexo porque exige ser ouvido e ser entendido tendo em consideração a posição percetual do outro.
Frequentemente o PORQUÊ de uns é o NÃO de outros, mas quer uns quer os outros, entendendo os PORQUÊS mutuos, e assumindo que nestes a verdade é a de cada um e advém da forma como se posicionam face à pessoa / objeto / acontecimento, percebem os NÃO e os SIM, abrindo as portas para o respeito da opinião.
Até pode dizer NÃO, mas perguntar PORQUÊ é bem mais complexo e deixa muito mais caminho para construir algo significativo.
(NOTA FINAL: que me desculpem alguns amigos que defendem a importância do não, no entanto esta minha posição NÃO está completamente na antítese.)
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