Pandemias de pensamento?
- JPP
- 27 de mar. de 2021
- 2 min de leitura

Esta coisa de pandemia, não é tanto pelo esforço que devemos e temos de fazer para olhar por nós e também pelos outros, é a quase impossibilidade de insistentemente ser confrontado com uma quase necessidade de estupidez, enquanto qualidade nestes tempos.
São os negacionistas, são os negativistas mascarados de responsáveis, mas que só transmitem os nãos, são os positivistas que frequentemente se aproximam de uma forma perigosa dos negacionistas, ou pelo menos de uma estupidez e falta de honestidade mental muito próxima uns dos outros.
Fugimos, vamos fazer outras coisas, vamos fazer pela milésima vez o que já fizemos, desfizemos porque fizemos, e voltamos a fazer. É o chão que já fica com marcas, é o sofá que teima em ficar com o lugar da peida marcado, é o nosso universo, que mesmo do pensamento infinito, cai na sua finitude porque fica difícil de imaginar, de sonhar.
Aquela racha na parede, que finalmente e infelizmente descobrimos e que dia a dia fica cada vez maior, são as tretas das mensagens que se recebem, são os telefonemas com amigos, ou outras pessoas, que começam sempre num como estás que já sabemos pretendem como resposta qual a nossa situação ao vírus.
É o processo de vacinação que para muitos está atrasado e a culpa afinal é do governo português, sem entenderem que a questão é global, para outros, muitos dos mesmos, se o processo anda estão em duvida se querem ou não ser vacinados.
São os críticos do vazio que depois se põem a andar antes das horas onde devem cumprir determinadas regras, exatamente para prevenção, mas que a coisa não pega com eles, ou andam a pavonear-se pelas ruas com aquele comportamento fantástico de responsabilidade materializada numa Selfie de transgressão e do prazer que ela dá, e dos diretos em amontoados de copo na mão quase só mesmo para dizerem que são fixes, mas mascarados de supostos defensores de direitos, liberdades e garantias.
Mas desculpe, estavam na expetativa que aqui existisse alguma posição de “como fazer?”. Jamais, façam como pretenderem, mas seremos capazes de parar o vírus, a estupidez, essa já não é tão simples.
Este texto é um mero exemplo de um pensamento meu que está a ser pandémico, mas depois ainda dizem que sou eu que sou complicado.
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