Porque precisamos de por nomes às "coisas"
- JPP
- 7 de jan. de 2019
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Chamar as coisas pelo nome, ter a possibilidade de materializar num contexto linguistico qualquer acontecimento pelo qual passamos, sermos capazes de nos estruturarmos usando a hermenêutica para nos entendermos, seja qual for a nossa posição, é estruturante e basilar para nos conseguirmos ver mais adiante, compreendendo o nosso presente e integrando o nosso passado.
Tudo isto pode parecer um jogo de palavras, no entanto a verdade é que é a incapacidade de chamar as coisas pelos nomes, o arranjarmos designações alternativas como mecanismo de defesa, o fugir para a frente, que frequentemente nos transporta num adiamento de nós, até ao dia em que vamos ter de enfrentar a maiêutica do porque somos como somos.
Não, não há verdades universais, há a verdade universal de cada um, dependente da forma como nos colocamos frente à realidade. Poderemos ser mais ou menos inquietos, mas na "quietude" que é o nosso mundo interno, os significados, e por muito que por vezes possam ser confusos ou até mesmo incómodos, para alem do dicionário ao qual podemos recorrer, cada um de nós, e sobre ele, podemos (re)criar o nosso, aquele que para alem de orientações interpretativas, tem ainda a nossa contextualização emocional.
Vamos lá chamar nomes às coisas...
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