Tão fácil...

Numa sociedade de habilitações literárias como nunca antes vistas, num contexto de acesso à informação como nunca antes vivido, num meio onde a discussão e opinião têm um impacto com uma globalização jamais vivenciada, também a concorrência pela "noticia", pelos títulos noticiosos, pelo estimulo ao consumo e às audiências, o aperfeiçoamento manipulativo está an ordem do dia.

Coloca-se um titulo sensacionalista, descontextualizando uma palavra ou expressão. Vende-se a noticia, e ao ler/ver/ouvir o conteúdo, verifica-se a falta de representatividade desse estimulo, ou tão somente a sua falta de coerência. Entretanto, e pelo excesso de informação, sabendo que na esmagadora maioria são os títulos o que mais se lê e interioriza, já a opinião foi feita e tendo por base essa enganosa introdução.

Opina-e no errado, faz-se verdade do falso ou do enganoso, centra-se a febre do estar à frente nas audiências em detrimento do respeito pelas mais elementares normas do jornalismo ou da ética profissional.

É exatamente nesta sociedade de habilitações literárias como nunca antes vistas, nun contexto de acesso à informação como nunca antes vivido, num meio onde a discussão e opinião têm um impacto com uma globalização jamais vivenciada, que vemos tambem o facilitismo cada vez maior nos juízos de caráter e traçando paralelismo entre estes e as "noticias", a maior exposição à manipulação pelo induzido consumismo noticioso.

É tão fácil manipular, é tão fácil julgar, é tão difícil pensar...